4: finais e começos
Eis chegada a etapa do ano em que se pára para medir, tecer listas, que são, ao seu modo, histórias de crescimento ou decorrada tão artificiais quanto a própria divisão de calendário que as subjaz (e outras se lhe seguirão). Mas é humano celebrar a rotação celeste do planeta – a criança quer-se tornar adulta. Lembrar efemérides importantes, compilar resultados, e destacar obras singulares. E também dar voz ao que passou ao lado. Às obras de antanho.
Mas este género olha para o futuro, e nesse olhar celebra-se por antecipação, por vezes com ânsia de que os dias corram. Cada vida esconde um romance – e cada história esconde outra. Convém conhecer as regras, talvez para as destruir… mas mais tarde, quando sairmos deste entroncamento temporal.
Luis Filipe Silva