do fim para (outro) início
«Era o melhor dos tempos, era o pior dos tempos...» Em cada recomeço, um fim. A utopia receia o caos que se lhe segue pela demolição das crenças vigentes – novas vontades, novos rostos surgem para reinar. Mas nem todos são anónimos, e alguns pecam por reconhecimento tardio, mesmo quando são da casa. Recomeçar significa, para outros, recuperar o passado, construir um memorial, estabeler um cânone. Ou apenas indicar de forma prosaica listas pessoais, um ou dois romances gráficos, e obras que neste formato se inspiram. Recomeçar é acima de tudo, ter a oportunidade de reconstruir – o que requer disciplina. E sem dúvida que ver um autor luso em terras estranhas é o melhor dos augúrios…
Luis Filipe Silva